A História

De Santa Marta de Portuzelo

Há notícia desta freguesia no ano de 1136, segundo anota o Padre Avelino Jesus da Costa: ”per portum de Portuzelu”.

Informação
principal

Orago: Santa Marta.

População: 3.901 habitantes (I.N.E. 2021) e 3.657 eleitores em 10-03-2024.

Actividades económicas: Agricultura, indústria têxtil e comércio.

Festas e Romarias: Senhor dos Passos, S.José, Santo António, Santa Tecla, Senhora da Silva e Santa Marta (segundo domingo de Agosto).

Património: Igreja paroquial, pelourinho, Cruzeiro de Santa Marta e Castelo de Portuzelo.

Outros Locais: Praia fluvial.

Gastronomia: Sarrabulho, cozido à portuguesa, arroz de lampreia, arroz doce e bacalhau à Vianinha.

Artesanato: Bordados, cangas, velas votivas e palmito.

Colectividades: Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo, Grupo de Bombos de Santa Marta e  Associação Cultural e Desportiva de Santa Marta de Portuzelo.

Brasão: De vermelho, orlado de contas do ouro, com um coração de filigrana de ouro aberto no campo. Bordadura de negro carregada de catorze rosas naturais de vermelho, folhadas de verde, tudo orlado de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Lisbranco com os dizeres:”Santa Marta de Portuzelo”, de negro.

Bandeira: Esquartelada de amarelo e de vermelho. Cordões e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança douradas.

Selo: Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo».

Resenha
Histórica

Santa Marta de Portuzelo, freguesia do concelho e distrito de Viana do Castelo banhada pelo rio Lima, está situada a 4,7 Km da sede do concelho e a sua população ronda os cinco mil habitantes.

Há notícia desta freguesia no ano de 1136, segundo anota o Padre Avelino Jesus da Costa: ”per portum de Portuzelu”.

Em 1258, na relação das igrejas, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, Santa Marta de Portuzelo aparece entre as pertencentes ao bispado de Tui, sob a designação de “Sancta Marta”.

No igrejário de D. Diogo de Sousa, dos inícios do século XVI (1514-1532), atribui-se à igreja de Santa Marta o rendimento anual de 46 réis.

O Censual de D. Frei Baltasar Limpo (1551-1580) identifica-a, denominando-a Santa Marta de Riba de Lima, situada no termo de Viana. Dois terços da igreja eram da apresentação do mosteiro de São Romão de Neiva.

Américo Costa refere que, em 1706, Santa Marta de Portuzelo era uma reitoria da apresentação da Mitra e comenda da Ordem de Cristo, tendo pertencido depois ao padroado real.

Património da
freguesia

A Igreja Paroquial foi iniciada em 1880 e inaugurada em 1883 no Lugar das Petigueiras.

A Capela foi construída em 1795 no Lugar de Portuzelo.

Esta Capela data do séc. XVII, construída no Lugar de Santa Martinha.

A Capela foi construída em 1888 no Lugar de Samonde.

A Capela situa-se no Lugar da Romé.

A Capela situa-se no Lugar da Romé.

A Capela situa-se no Lugar de Talharezes.

A Capela situa-se no Lugar de Portuzelo.

Localização: Avenida Comendador Parente Ribeiro

Época de construção: século XVIII, benzido em 13 de Abril de 1754 pelo reitor da Freguesia Bento Alves Franco. Decretado monumento nacional em em 13 de Julho de 1956 (IIP, Dec. N.º 40684, DG 146).

Descrição: soco formado por seis degraus octogonais escalonados, onde assenta coluna com base de linhas curvilíneas ornado de grinaldas e folhas entrelaçadas; fuste torso com flores nos intervalos e, tendo no topo, sobre mísula, grupo escultórico representando a Virgem com o Menino. Capiesculpido destacando-se 4 anjos de mãos dadas. Remate em cruz latina, com hastes laterais de remate piramidal e a superior com cartela, e com Cristo esculpido.

Tipologia: arquitectura religiosa barroca. Cruzeiro setecentista, de caminho ou encruzilhada, de grande riqueza decorativa integrado na tradição de cruzeiros do Norte do país.

Características Particulares: todos os seus elementos constitutivos surgem esculpidos, não só com elementos naturalistas e florais, como até mesmo enriquecidos por grupos escultóricos, caso da Virgem com o Menino, anjos do capie o próprio Cristo na cruz de remate, dinamizando assim todo o conjunto.

Material: granito.

Localização: Avenida Comendador Parente Ribeiro

Época de construção: século XVIII, benzido em 13 de Abril de 1754 pelo reitor da Freguesia Bento Alves Franco. Decretado monumento nacional em em 13 de Julho de 1956 (IIP, Dec. N.º 40684, DG 146).

Descrição: soco formado por seis degraus octogonais escalonados, onde assenta coluna com base de linhas curvilíneas ornado de grinaldas e folhas entrelaçadas; fuste torso com flores nos intervalos e, tendo no topo, sobre mísula, grupo escultórico representando a Virgem com o Menino. Capiesculpido destacando-se 4 anjos de mãos dadas. Remate em cruz latina, com hastes laterais de remate piramidal e a superior com cartela, e com Cristo esculpido.

Tipologia: arquitectura religiosa barroca. Cruzeiro setecentista, de caminho ou encruzilhada, de grande riqueza decorativa integrado na tradição de cruzeiros do Norte do país.

Características Particulares: todos os seus elementos constitutivos surgem esculpidos, não só com elementos naturalistas e florais, como até mesmo enriquecidos por grupos escultóricos, caso da Virgem com o Menino, anjos do capie o próprio Cristo na cruz de remate, dinamizando assim todo o conjunto.

Material: granito.

A uns 500 metros do rio Lima e muito perto da estrada que pela margem direita segue de Viana do Castelo para Ponte do Lima, encontra-se o Castelo de Portuzelo, construção relativamente recente, pois data de 1853. Deve-se ao temperamento romântico e poético do seu Senhor de então, António Pereira da Cunha, que regressando de uma viagem à Áustria e Alemanha, onde tinha ido assistir ao baptizado do filho primogénito do Senhor D. Miguel I, desejou possuir nos seus domínios um castelo que lhe fizesse sugerir os belos castelos feudais que tinha visto por essas terras germânicas. Era tal o seu entusiasmo que dizem ter sido ele próprio que desenhou a sua planta com “uma torcida de papel molhada em tinta”.

É natural que no local onde se levanta o Castelo, tivesse existido uma moradia, que desapareceu com a sua construção, pois consta que em 1695, D. Maria Lobo, ascendente dos Senhores do Castelo, não só renovou o prazo que aí tinha como fez grandes obras em sua casa. Se houve, hoje nada existe.

O Castelo de Portuzelo não deixa de ter o seu interesse. Forma um grande quadrado tendo nos seus quatro cantos, torreões, que se levantam acima da linha das ameias escalonadas. De rés-do-chão e primeiro andar, as suas altas fachadas são rasgadas por janelas de varanda de cabeceiras trilobadas.

No centro desse quadrado ergue-se uma torre – a torre de menagem – também guarnecida de torreões, para a qual se sobe por uma escada em caracol. Do alto abre-se, aos nossos olhos maravilhados, um vastíssimo e surpreendente panorama. Para que a sugestão fosse mais real, não faltava um fosso e uma ponte levadiça para o defender de imaginários assaltos bélicos. No pátio há um lindo chafariz de pedra onde a água sussurra mansamente.

No topo da janela central da fachada que dá para o pátio, a pedra de armas dos Cunhas, Senhores de Tábua. Escudo pleno: de ouro nove cunhas de azul, com bases para cima; bordadura de prata carregada de cinco escudetes de azul sobrecarregados cada um de cinco besantes de prata. Coronel de nobreza. O Castelo de Portuzelo é uma nota excêntrica nesta bela região.

Inaugurada no dia 25 de Julho de 2003 a Unidade de Saúde por Sua Excelência, o Secretário de Estado da Saúde, Adão Silva.

Esta Unidade integra-se no Centro de Saúde de Viana do Castelo. Trata-se de uma Unidade que se pode caracterizar como sendo de cuidados de saúde primários.

Nela trabalham sete médicos e sete enfermeiras para atender uma população de 10500 utentes. Cobre as freguesias de Outeiro, Perre, Serreleis, Cardielos, Outeiro e Santa Marta.

No ano de 1976 foi fundada a Escola Primária de Samonde que se situa no Lugar mais extenso da Freguesia (Lugar de Samonde).
Trata-se de um edifício simples, em bom estado de conservação, conta com três salas amplas, sala de professores e pequena cozinha.
Para além das actividades lectiva, os alunos da Escola contam com actividades extracurriculares: piscina e folclore.

O actual edifício da Escola Primária de Fonte Grossa, em santa Marta de Portuzelo, integra, tal como a da Avenida (Viana), Vila Mou e Alvarães, o pacote de Escolas conhecidas como “Escolas Dr. Alfredo de Magalhães”.

Não se trata de escolas de um tipo, mas, sim, de escolas projectadas na República, que foram despachadas em 1927, pelo ministro da Instrução da Ditadura Militar, Dr. Alfredo de Magalhães, donde lhes vem o nome por ser o ministro que autorizou a construção. Personalidade natural de Gandra –Valença, não obstante acérrimo republicano, aderiu à ditadura militar de Sidónio Pais, foi deputado constituinte, exercer vários cargos políticos, entre os quais os de Governador Civil de Viana do Castelo, pelo que não terá sido estranha a sua qualidade de Vianense para que Santa Marta colhesse de alguns benefícios para o Alto Minho.


A Escola está integrada no “Agrupamento Pintor José de Brito”, coopera com a Escola Superior de Educação de Viana do Castelo e dão-se os primeiros passos no folclore pelas mãos de Agostinho Mendes e Isidro Palmeira, assim como usufruem dos ensinamentos da Dona Céu na execução de bordados.

José de Brito nasceu a 18 de Fevereiro de 1855, em Santa Marta de Portuzelo, bem perto desta escola. Era oriundo de uma família pobre e o seu gosto pelo desenho foi incentivado, na adolescência, pelo Morgado da Casa da Preguiça, de quem se atreveu a fazer uma caricatura.

Estudou na Academia Portuense de Belas Artes e trabalhou retocando chapas fotográficas e fazendo desenhos parja ornais.
Na Academia, foi aluno do Escultor Soares dos Reis e companheiro do Pintor Henrique Pousão. Obteve uma bolsa para continuar os estudos em Paris, onde entrou para a Academia Julien. Em 1888, expõe pela primeira vez no Salon e, em 1895, é premiado com o trabalho “O Mártir do Fanatismo” que hoje pode ser apreciado no museu do Chiado. Após 11 anos, regressa a Portugal para ensinar Desenho Histórico na Academia Portuense de Belas Artes. Nesta Academia, leccionou até à aposentação.

Relacionou-se com escritores e artistas da época e, na pintura, evidenciou-se no retrato e em paisagens dos tipos e costumes minhotos.
A sua obra encontra-se espalhada por colecções oficiais e particulares, tendo ficado largamente representado no Porto.

Em 1945, um ano antes do seu falecimento, ao fazer 90 anos, foi descerrada uma lápide na sua casa de Santa Marta de Portuzelo.
Esta escola, reconhecendo o seu talento, resolveu recordá-lo à comunidade e, em 1992, apontou-o para seu patrono.

A Escola E. B. 2,3/S Pintor José de Brito, actual sede do Agrupamento, entrou em funcionamento em Novembro de 1986, com o nome de Escola C+S de Portuzelo. Esta denominação foi alterada em 1992 para Escola E.B. 2, 3 do Pintor José de Brito. Em 2002, foi homologada a constituição do Agrupamento de Escolas Pintor José de Brito, composto por 4 Jardins de Infância, 7 escolas básicas do 1º ciclo e 1 E.B. 2, 3 /S.
Localizada a 5km de Viana do Castelo, a escola sede recebe, actualmente, alunos das freguesias de Outeiro, Perre, Santa Marta de Portuzelo, Serreleis, Cardielos e Nogueira.

À área pedagógica de cerca de 59 km2 abrangida por este estabelecimento, corresponde uma população de cerca de 22 mil habitantes
Essencialmente rural e rica em tradições culturais, situada na proximidade do litoral, a região registou, nos últimos anos, uma certa expansão industrial e um aumento da sua densidade demográfica.

Se quisermos caracterizar o meio e a comunidade escolar, poderemos dizer que grande parte dos alunos pertence a famílias de origem rural, por vezes alteradas pelas transformações económicas que se têm vindo a verificar, nas últimas décadas, no nosso país. Assim, toda a zona se caracteriza por um ruralismo de laivos suburbanos, dada a influência da sede de Concelho que lhe é limítrofe e o aparecimento de pequenas empresas têxteis, oficinas de serralharia, mecânica, marcenarias e carpintarias que prestam apoio à construção civil.
paroquiais, se destacam como pontos de encontro privilegiados.

Do ponto de vista socioprofissional, a maioria dos pais são assalariados da construção civil ou da indústria, lavradores, empregados de comércio ou de serviços. Em larga maioria, as mães dedicam-se aos serviços pessoais e domésticos, são operárias fabris ou empregadas de serviços.

De um modo geral, a população activa de toda a área acumula as suas actividades profissionais com a agricultura, dado os baixos rendimentos.

No referente às habilitações académicas, a maioria dos pais tem o 1º ou o 2º Ciclo do Ensino Básico concluídos. São raros os casos de licenciados.

Distribuição dos alunos:
Pré-escolar
1º Ciclo – 1º, 2º, 3º e 4º anos de escolaridade;
2º Ciclo – 5º e 6º anos de escolaridade;
3º Ciclo – 7º, 8º e 9º anos de escolaridade;
Ensino Secundário – 10º, 11º e 12º anos de escolaridade.

Cursos de carácter geral do Ensino Secundário:
1º Agrupamento – Científico-Natural;
3º Agrupamento – Económico-Social;
4º Agrupamento – Humanidades.